segunda-feira, dezembro 26, 2005

Tu nao podes voltar pra casa, nunca mais



Fica.
Tudo o que desespero, tres segundos do teu solo
Somente tu que sangras minha mente santa
Que esvai para quase sempre meu fluido perdido:
Em teu colo, abres minhas janelas das duvidas...

Eu te quero doce e cheirosa
feito melodia bakeriana, de voz mansa e triste
quase moribunda, eu sou expansao do teu pigarro,
miuda parte de ti que danca e sorri, perdida na tua imensa solidao:
infima.

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Apos tres abracos e quatro-sorrisos-e-meio, talvez nos entreolhassemos por mais uma ultima vez. Eu seria tua voz abafada em teu peito, um sopro de sussurro, um gesto teu sem maculas, e entenderia alguns dos "por ques" que me deixaste na saida, noite antiga e fria e cinza. E tu me tocarias o ombro e o pescoco, nuca e cabelos, e nunca me dirias adeus. Eu te enlacaria as maos com um gracejo e uma nota desafinada, em re bemol. E tu de novo saberias, sim, ser eu ali diante de toda a minha fraqueza, abastecido de ti e de mim.

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Tudo o que cheira a ti, sangra a pele, doce e forte:
Eu, vitreo, viciado em teus sabores, odores e delicias.

4 comentários:

Alucinógena disse...

Nossa... que metáforo!
Cuidado, preto, cuidado...
=*

Madame disse...

Sim. Eu passei por aqui ontem e li este post, mas não soube O QUE comentar a respeito dele. A gente não esqueceu de ti não. Pára com isso.

Beijo.

Bowie Macgowan disse...

como assim, nao soube "o que"?
eh o chet, minha cara.... o chet.

Anônimo disse...

Fica triste não... o que é que eu posso comentar? Sou uma analfabeta, não sei escrever coisas bonitas como você!! XD