terça-feira, janeiro 17, 2006
Okinawa - Digitalizacoes impressionaveis - parte 1
Estou de volta de Okinawa! Uma semana longe de todo o frio e neve e lerdeza que o inverno rigoroso do Japao proporciona ao ser cristao. Bom, vou postar sobre minhas impressoes daquele arquipelago sulista, paradisiaco e quente. Pra inicio de conversa, falaremos de Okinawa, o que eh, onde fica, quem vive la, e o que se faz por la.
Okinawa, como eu disse antes, eh um arquipelago de varias ilhotas que fica ao sul do grande arquipelago japones. No fim das contas, nao passa de uma pitada a mais de ilhotas num punhado de ilhotas um pouco maior. Trata-se de um Havai japones, com as mesmas proporcoes de gringos e japoneses para ambas as localidades. Antes, Okinawa nao era Japao, e para ingressar em territorio japones necessitava-se de passaporte. Ah, o idioma daquelas terras longínquas nem era o japones tambem, mas sim o "uchina guchi", onde "uchina" significa "okinawa" e "guchi" significa "lingua". O mesmo vocabulo - guchi - em japones, significa boca ou entrada ou mesmo saida, o que dependendo da situacao e do periodo do mes, da no mesmo. Em Okinawa, come-se principalmente 1) porco; 2) cabra; e 3) peixe. Diz-se naquelas bandas que ".... do porco, so nao se come o berro...". Quem ja presenciou o sacrificio/abatimento de um desses animais sabe muito bem do que se trata. Em Okinawa nasceu o Sensei Miyagi, falecido quando de nossa mudanca de provedor, e a quem dedicamos um post todinho.
".... em Okinawa, do porco, so nao se come o berro...."
Sai de Hiroshima numa manha fria, muito fria, de dez de janeiro do ano do senhor de 2006. Eram seis graus negativos, e meus colhoes apertavam com firmeza as paredes do colon descendente do meu intestino grosso, de tanto frio. Apenas uma hora e meia depois, aterrisso no aeroporto internacional de Naha, onde faziam dezenove graus. Minhas costas comecaram a suar feito uma porca no cio esperando pelo coito do varao, e no mesmo dia, devido a mudanca brusca de temperatura, desenvolvi uma herpes labial que perpetua ate os dias de hoje. Saindo do aeroporto, uma enorme placa com os dizeres "mensoure", quem em "uchina guchi" quer dizer "yokoso", que em japones quer dizer "bem vindo".
Meus objetivos nessa ilha eram: 1) fugir do frio de Hiroshima por quanto mais tempo possivel; 2) beber quanta cerveja Orion em conseguisse em menos tempo possivel; 3) beber quanto mais Awamori, um destilado de arroz tradicional de Okinawa, no menor tempo possivel; e por ultimo e menos importante, 4) tratar de uma determinada fase de minha pesquisa.
Ja que falei na cerveja Orion, deixem-me explicar exatamente do que se trata, mas deixo bem claro que eu farei um adendo, um post dedicado EXCLUSIVAMENTE A ELA, ja que visitei a fabrica da belezura.... Confesso que QUASE FUI EXPULSO de la. Trata-se de uma marca de cerveja fabricada SOMENTE em Okinawa, e que produz cinco variedades diferentes de cerveja: 1) comum de cevada e lupulo, draft, baixa graduacao alcoolica e bem veraneia; 2) de trigo, alta fermentacao e alta graduacao alcoolica, com uma pegada maneira na lingua; 3) uma lager de baixa fermentacao e bem marromenos; 4) uma serie especial produzida a partir de trigo, cevada, malte, lupulo, alta fermentacao e alta graduacao alcoolica, mas que nao fede nem cheira apesar de tanto balacobaco; e 5) um chope excelente.
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5 comentários:
É mais ou menos assim, mas vamos esperar, né?
Hum... peguei 13 graus em Campos do Jordão e não desenvolvi herpes com a mudança brusca de temperatura quando voltei pros 33 de São Paulo...
Agora eu tô de volta ao calor(nefasto) da minha terra. Minha mãe que agradece, eu choro miséria: quero frio todo de volta!
Mas, alucinogena, treze graus eh quente pra quem vive aos menos seis.... Eu quero treze graus todinhos so pra mim...
E o beber nunca para...
Que mal gosto ficar enfeitando o porquinho morto desse jeito. Que dó!
mal não... MAU.
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