Como não poderia deixar de ser, segue um relato surreal da realidade de lá.
Primeiramente, a viagem agradabilíssima de 5 horas de Miami até Lima. Saí dos infernais 30 graus de Miami para chegar em infernais 15 graus em Lima. O ponto de encontro com o cliente madereiro seria no próprio aeroporto, em frente ao "Dunkin Donuts". Não, Homer Simpsons não estava lá, tampouco algum policial americano de bunda grande! Mas confesso que foi a primeira vez que provei as famosas rosquinhas e são gostosas.
No mesmo dia, de manhã, tive que pegar um voo de Lima até Pucallpa. O Aeroporto de Lima é privatizado, e pagamos uma taxa de 7 dólares para entrar no salão de embarque. No Brasil também é assim, mas não pagamos em guiches no embarque. Pagamos quando compramos a passagem.
Meu bilhete de viagem tinha 3 partes: Bilhete, Controle de Bordo e Controle de Embarque. Só depois entendi que eles tiram oo controle de embarque quando saímos pela porta de embarque, e tiram o controle de bordo quando entramos no avião. Sinceramente, já vi rodoviárias fazendo isso, mas em avião, é a primeira vez.
Entrei, me abanquei, e dormi a viagem de 1 hora todinha, pois eu estava pregado de sono. De vez em quando eu abria os olhos e via a cordilheira dos andes mais abaixo. Logo eu passei a ver a imensidão verde que é a floresta amazonica e me lembrei da temperatura.
Pucallpa, uau! Calor desgraçado, mas se há uma coisa que pode ser pior que isso, é o transito de uma cidade dominada pelos "Motocarros". Dificil de explicar, mas é alguma coisa entre uma moto, um triciclo e um táxi. Vocês já pensaram na mistura de um motoqueiro com um taxista? Sem preconceitos, mas estou apenas seguindo um padrão observado empiricamente.
Cuidado! Eu estou armado e posso ser perigoso. A preferencia é SEMPRE minha!
Outra coisa que aprendi é que não existe a luz "laranja" ou "amarela" por lá. Na verdade, independente de que lado do transito você está, o laranja quer dizer "Siga com cuidado", pra não acertar os outros motocarros.
Os táxis de lá são no esquema de lotação, e todos são Corollas de muitos anos atrás com inscriçoes em japones. Acredito eu que são de segunda mão que foram importados.
Fazer sinal pra que lado vai virar é um enigma. Você liga o pisca-alerta e fica aquela sensação de "se prepare pois eu posso fazer qualquer coisa a partir de agora". É sério, eu tava dentro do taxi quando o motorista fez isso. Emocionante. Esportes radicais pra que? Era uma rodovia!
Era a rodovia que liga Pucallpa a Lima, mais ou menos 500km e 18 horas de viagem. Já pensou? É muita montanha pra subir e descer.
Foi lá em Pucallpa que eu conheci a 'Inca Cola'. É uma questão cultural e existe em todo Perú. Se você, nobre leitor, já esteve no Maranhão, conhece o famoso Guaraná Jesus. Pois a Inca Cola também tem gosto de chiclete. MAS não tem aquele horripilante sabor com cravo e canela. A Inca Cola está para os peruanos assim como o Guaraná Jesus está para os maranhenses.
Guaraná Jesus, você ainda tem o primeiro lugar no meu coração...
5 comentários:
Quero só ver quando começares a descrever os hábitos fumaceiros que acabaram por denominar a prática da transferência de transe entre narinas...
INCA KOLA
GE-NI-AL
de qual fruta será feita?!
Se tem alguma fruta com gosto de chiclete, é ela a matéria prima da Inca Kola.
A Inca-Cola é um refrigerante a base de cola, assim como a Pepsi e a própria coca-cola.
Só falta ser escuro como a coca....
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