Então Jennifer resolveu declarar seu amor para Tomás. Mandou um e-mail, mas a caixa de entrada estava lotada. Mandou um "scrap" mas o orkut.com servidor não comeu seus "Donuts" e nao seguiu em frente. Resolveu mandar uma mensagem via celular, mas não tinha créditos. Resolveu partir para algo mais antigo e tentou mandar uma carta. Mas nos dias de hoje, computadores, internet, celulares, ninguém sabe escrever, e quando sabe, ninguém tem noção do que é CEP.
Tava ferrada, coitada. Foi a pé. No meio do caminho começou a chover. E quando chegou na casa de Tomás, ele não estava.
Jennifer não poderia desistir fácil. Foi a casa de uma prima, pediu uma carona, e seguiu atrás do seu amor. Sabia que ele deveria estar no poker-com-amigos, ou no bilhar-da-esquina. Não deu outra. Lá estava Tomás se preparando para mais uma tacada de mestre quando ela chegou.
A concentração de Tomás era enorme. Ele ganharia a partida, levaria uma grade de cerveja pra casa na faixa e ainda iam por uma foto dele na parede do buteco. Tudo isso se Jennifer não tivesse gritado "AMOR!" e ele tivesse acertado a bola 14, e nao a 13.
- Caralho, o que é, mulher?
- Vim declarar meu amor por você.
- Pode ser no banheiro, sozinha?
- Pode sim, você vai lá depois?
- Assim que eu terminar de te xingar, mas vou fazer isso quietinho alí no canto tomando uma cachaça.
- Oh, meu amor! Que coisa linda, fico te esperando então.
E Tomás tomou uma dose de pinga e foi pro Poker...
(continua)
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Um comentário:
Não sabia que agora tavas escrevendo roteiros de novela mexicana, é o único lugar onde ocorre de haver essas "heroínas" românticas... hehehe
Eu prefiro crônicas de vidas sem sentido, mas vai lá, cada 1 com sua forma de expressão artística!
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